Feira sub

Conheçam alguns dos nossos livros, com fotografias integradas, HQ, interativos e com grafismo

JARDINS IRREGULARES, DE SOLANGE SÓLON BORGES

Jardins irregulares

Em delicada prosa poética, a autora traz amores de navegação e os mares interiores que habitam todos os seres humanos

A prosa poética é instrumento para tratar do amor, dos desencontros humanos e da história de todos nós. “Eu celebro um momento em que nada é tão absoluto quanto a sucessão dos dias. É necessário estabelecer domínio, que o amor deve ser um estado de alerta constante, mesmo diante da hora provisória”, é um exemplo do que se apresenta neste livro.

E ainda: “Dentro da fortaleza me sinto o que sou, primitiva, com ritmos lentos em corredores alongados, amuradas a avançar em infindáveis curvaturas rente ao mar. Deveria parecer o fim do mundo, mas era o começo da história urdida em correntes enferrujadas. Os viajantes do tempo nesse mar de solidão extremada…”

Com imagens em p&b da Colômbia e da Espanha, a voz da autora se desdobra em três partes: Marítimas, Amores de navegação e Mares interiores. Ou seja, naufragar, submergir e salvar-se.  A proposta da autora é que o leitor posso atravessar fronteiras, os meridianos traçados pela palavra e encontrar novos pontos cardeais e significados nesta leitura.

Nessa cartografia poética, a autora busca a emoção ordenada a fim de compreender a palavra em sua forma mais íntima que também traz à tona o que não é possível nomear: “Onde se encontra a minha voz absoluta? A de bronze que incomoda e não ressoa e segue um dia inteiro adiante contra o vento e se torna sopro, diminuta e desalento? Esse verbo acidental que soa estranho diante de quem sou, entre corredores internos emudecidos, ao ocultar cinzas e um coração em desespero.”

Ou: “Não é que seja dor, mas, sim, o que consome e decompõe e desmorona…. Eu estava tão distraída assim quando a morte o levou nessa embarcação arrevesada?”, são exemplos da prosa poética presente neste livro que alcança sua 2ª edição.

Sobre a autora – Solange Sólon Borges é paulistana, mestra em Estudos Culturais (USP Leste), especialista em comunicação e jornalista. Publicou À espera dos girassóis, seu segundo livro de poesia, e também transita pelos gêneros conto (Janelas abertas para uma canção desesperada), romance (Todos os homens são girassóis), sci-fi (Mudei meu passado, e agora?, com Coca Valença) e infantis (A história do cachorro Cheirudo, Meninas também crescem, A história do bichinho Gordão).

POIS, DE CARLUTTI VELOSO

Há livros que ultrapassam a função estética, própria da literatura e da poesia; são humanamente afetivos trazendo à baila os compassos que movem o amor. Na gênese dos textos, alma exposta, sangue, lágrimas a mais e risos verdadeiros. É esse o tom visceral que Carlutti Veloso dá ao seu novo livro Pois,.

E esta é a propositura: a pausa metafórica diante do incompreendido. Por isso, pois, com vírgula, marca a suspensão do tempo e um hiato. Ponto final? Nova vírgula nessa biografia amorosa? Uma volta regrada a dois pontos ou uma exclamação?!

O poeta brinca com a função sintática e semântica das palavras e das letras maiúsculas e minúsculas, dos pontos finais e dos parágrafos, que engessam um texto, em estrutura diversa da norma culta diante do baque súbito da perda do amor: “o poeta é um alquimista de palavras que, escutando o que sussurram os sentidos, as transforma em assombro”, contextualiza Carlutti.

O autor desafia as regras e volta seu interesse pela catarse e seu desfecho: “porque caminhar contigo é bom/inexplicavelmente bom,/e desnecessária é qualquer outra palavra”. Há páginas somente ímpares diante da desconstrução do casal. Em suas metáforas, percebe-se o que o relacionamento trouxe de profundo conhecimento, que a vida, se breve é, pode indicar a possibilidade de se refazer o caminho percorrido na expectativa de retomada e novíssimo encontro: “Porque teus olhos aprisionam o tempo de tal maneira e falam essa linguagem única das primeiras estrelas/num silêncio rubro que cala todas as palavras/que se querem imóveis, pois esperam tua carícia”.

Uma separação que é pausa, percurso, vírgula, um pois, no léxico amoroso. É ler para navegar entre poesias e metáforas e descobrir o quanto significa essa entrepausa em uma vida. E torcer para que o pois, tenha continuidade não apenas na literatura, mas na vida palpável que precisa ser usufruída. pois, é mensagem do amor universal e necessário a todos nós, uma vez que “encontro em ti, nessa síntese, o meu desejo”.

Leia um trecho do livro neste link!

pois, Carlutti Veloso. Gênero: poesia. Formato 14×21 cm, 112 p., 2022, 4 cores, impresso em papel offset 90 g/m2, acabamento em brochura e laminação fosca. Organização: Patrícia Sá Moura. Ilustração: Sthepany Trindade. ISBN 978-65-87788-04-3.

RONDINELLI, O DEUS DA RAÇA, DE ANTONIO CARLOS MENINÉA E RICARDO SOUZA

O título traz a história do jogador Rondinelli, conhecido como o Deus da Raça do futebol brasileiro. O livro reúne desde sua infância e saída da pacata cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, sua ida ao Rio de Janeiro, a fase amadora no juvenil, até se tornar um jogador estratégico do Flamengo e chegar à Seleção Brasileira.

Rondinelli salvou uma geração de integrantes do Flamengo ao fazer um gol icônico, que consagraria o time como campeão carioca de 1978, e despertaria paixões no torcedor rubro-negro. Um jogador que fez história no futebol brasileiro.

Rondinelli explica: “Essa identificação que tenho com o Flamengo, mas acima de tudo principalmente com o rubro negro, sempre foi o combustível para que eu me doasse de corpo e alma dentro de campo… Não foi fácil, mas eu e o torcedor superamos todos os obstáculos. Podem acreditar, sempre estivemos irmanados em alma”, explica o jogador, ao demonstrar a proximidade e a paixão entre ele e o torcedor.

O autor e roteirista Meninéa, flamenguista, é pesquisador apaixonado pelas histórias do futebol profissional e de peladas. Acompanhou toda a carreira de Rondinelli no Flamengo, seus dramas e emoções. Estava lá na arquibancada quando o futuro “Deus da Raça “marcou de cabeça o gol que teve o condão de salvar aquela geração de ouro rubro-negra, sendo um verdadeiro divisor de águas na história do Clube de Regatas do Flamengo. Aqui nos apresenta um pequeno recorte da infância de Rondinelli, indo até sua despedida na Gávea. Pequeno recorte de importância fundamental para Rondinelli e o Flamengo.

O livro conta com prefácio de Zico, a numerologia de jogos e gols da carreira de Rondinelli, além de depoimentos de Rivelino, Galter, Cantarele e Quintiliano. E, ainda, uma galeria de fotos com registros históricos do jogador e de álbuns de colecionadores.

Sobre o livro – Rondinelli: o Deus da raça do futebol brasileiro. Gênero: Biografia, futebol, Flamengo, Seleção brasileira, personalidades. Formato: 15,5×22 cm, 68 pág., HQ colorida, ISBN 978-65-981557-3-5. R$ 60,00.

Sobre o autor e roteirista – Antonio Carlos Meninéa – Carioca residente em Sampa desde 1992, pesquisador apaixonado pelas histórias de futebol e de peladas em futebol. Autor das obras Romeiro, o sputnik brasileiro – Trajetória de um craque do futebol, lançado em 2004 (editora O Artífice) e 1981- O ano mais feliz de nossa vida Rubro-Negra, em 2011 (Virtual Books). integra o livro Bola na rede – a literatura em campo (Editora In House), em 2023. Seus próximos livros: Alazão para sempre: a saga do mais famoso e organizado time de pelada do bairro de Botafogo (RJ) e Rua Principado de Mônaco: fragmentos de uma rua congelada no tempo. É membro do Grupo de Literatura e Memória do Futebol (Memofut) e radialista formado pela Radioficina de São Paulo. Sobre o ilustrador – Ricardo Sousa – Quadrinista e ilustrador. Começou sua carreira em 2007, trabalhando com ilustrações, quadrinhos institucionais e digitais.

LUIZ REI

Sanfona que integra o livro de Luiz Rei de Jacqueline Meire
Sanfona que integra o livro de Luiz Rei de Jacqueline Meire

Em história ilustrada do Rei do Baião, e sua música contagiante, Jacqueline Meire celebra a história de Luiz Gonzaga em seu primeiro livro, para o público infantojuvenil, que inaugura o selo Trajetórias

 Luiz Rei é um livro poético, colorido e interativo.  Ele celebra a história de um brasileiro que foi capaz de seguir seu coração, como enfatiza a autora e ilustradora Jacqueline Meire!

A autora apresenta uma história ilustrada, com caráter biográfico, que envolve o ritmo contagiante do baião, feito sob medida para o público infantojuvenil.

O Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989), é apresentado com tons biográficos, mostra os instrumentos que usava, e sua paixão pela música, que o transformou em verdadeiro rei desse ritmo nordestino e orgulho do país: “Esta é uma história bem brasileira, de um menino que, como muitos, nasce com uma estrela. É a história de um nordestino cantador, orgulho da nação inteira”.

Interativo, quando lido em voz alta, traz os sons de sanfona, fon foron fon fon, do triângulo, da zabumba… Em um texto primoroso e rico, com rimas, é indicado para desenvolver a percepção sensorial da criança. Um livro para pais e filhos aprenderem sobre Luiz Gonzaga – um menino que nasceu sem coroa e se tornou rei – e essencial para ser trabalhado por professores, em escolas de todo país!

Sobre a autora – Jacqueline Meire, natural de Itabuna, Bahia, é pedagoga, educadora popular – uma missão de vida –, mestra em Educação e Contemporaneidade, consultora, pesquisadora, professora, escritora e poeta.

 

Solange Sólon Borges – A responsável pela editora — Publisher Solange Sólon Borges — Mestre em Estudos Culturais (Filosofia/USP Leste), é jornalista (ex-Rádio e TV Bandeirantes, ex-Rádio Gazeta), publicitária e também escritora, especialista em comunicação. Criou a Editora UniABC da Universidade do Grande ABC, em Santo André, publicando mais de 30 livros acadêmicos. Ex-colunista do Literário do site Comunique-se, portal de jornalistas (2000-2004) e do programa Comunique-se levado ao ar pela All TV.