A luz de Jesus, de Valter Máz Borges, vol. 5 da coleção Mensagens de fé.O título reúne poesias ecumênicas, voltadas à paz, ao conhecimento, à elevação espiritual e até ao humor: “Em toda a minha vida, nunca vi nenhum ateu. Quando sai de um perigo, reza e dá graças a Deus!”. Ou: Espada como palavra, eu a uso nos dias meus. Uma só é verdadeira, espada, palavra de Deus”.
“Tem costume de marcar os acontecimentos do dia. Nunca esqueça de marcar aquilo que lhe deu alegria”. “Com as mãos posso ajudar nas artes, obras e lazer. Quantos trabalhos não sei, mas faço com o mesmo prazer”; “Faça tudo, faça hoje, pois o ontem já findou. O amanhã só veremos, pois o amanhã não chegou”. Sobre o livro – Assunto: Poesia religiosa Religião. Brochura, 14×21 cm, 120 págs. 1ª ed. 2021. ISBN 978-85-86882-83-8. R$ 25,00.
Olho minhas mãos fechadas como conchas, como ostras a guardar a pérola precisa da palavra que será escrita, vertida para o papel em branco, virgem de sentimentos e semântica.
Mas estas mãos, conchas ligeiramente abertas, devem ser como orelhas atentas ao ritmo interno do escritor, cochichando ao ouvido do leitor.
A palavra, íntima, cultivada em águas profundas, chega à superfície, onde, escancarada, pede pausa, reflexão, palma, silêncio. Pede finas estruturas e texturas. Pede a fôrma, o botão de rosa e a boca de todos os amores e desenganos, pois tem raízes libertinas e voos de libélula.
Não se engane: esqueça a opinião alheia. Escreva. A palavra é o cerne, é o centro da Humanidade, dos papiros aos papéis, do códex à tela do micro. A palavra sobrevive a todos esses naufrágios e processos, pois ela tem dignidade, razão, construção, emoção.
A palavra guarda territórios interiores: tem revelações a fazer de dentro para fora. Eu posso dizer ao meu amado: “eu tenho fome”. Mas isso não significa a fome trivial, banal, de panelas vazias e misérias expostas.
Eu tenho fome da palavra perfeita que pode ser moída e revelar assombro, encantamento, pudor, luz, cor, formas, cheiros, sabores, olhares, gingados, abraços, calores… um ciclo inteiro e inevitável de vida que jamais se acabará, pois todas elas estão reservadas e sobrevivem – inquietas – em minhas mãos fechadas como conchas.
À espera dos girassóis. Solange Sólon Borges. Gênero: poesia. Formato 14×21 cm, 80 p. 2ª edição, 2021. R$ 25,00. ISBN 978-85-86882-77-7.