À espera dos girassóis poesias de amor e espera

R$ 25,00

Conheça uma das poesias que integram o título: A palavra em conchas

Olho minhas mãos fechadas como conchas, como ostras a guardar a pérola precisa da palavra que será escrita, vertida para o papel em branco, virgem de sentimentos e semântica.Mas estas mãos, conchas ligeiramente abertas, devem ser como orelhas atentas ao ritmo interno do escritor, cochichando ao ouvido do leitor.

A palavra, íntima, cultivada em águas profundas, chega à superfície, onde, escancarada, pede pausa, reflexão, palma, silêncio. Pede finas estruturas e texturas. Pede a fôrma, o botão de rosa e a boca de todos os amores e desenganos, pois tem raízes libertinas e voos de libélula.

Não se engane: esqueça a opinião alheia. Escreva. A palavra é o cerne, é o centro da Humanidade, dos papiros aos papéis, do códex à tela do micro. A palavra sobrevive a todos esses naufrágios e processos, pois ela tem dignidade, razão, construção, emoção.

A palavra guarda territórios interiores: tem revelações a fazer de dentro para fora. Eu posso dizer ao meu amado: “eu tenho fome”. Mas isso não significa a fome trivial, banal, de panelas vazias e misérias expostas.

Eu tenho fome da palavra perfeita que pode ser moída e revelar assombro, encantamento, pudor, luz, cor, formas, cheiros, sabores, olhares, gingados, abraços, calores… um ciclo inteiro e inevitável de vida que jamais se acabará, pois todas elas estão reservadas e sobrevivem – inquietas – em minhas mãos fechadas como conchas.

Descrição

O amor em prosa poética – Com a proposta de tornar possível um passeio pela casa – a sólida, que nos habita, mas que leva à estrutura interior, a prosa poética é tratada com intensidade: “Há dias de sol tão forte que me abro inteira – feito cortinas -, assim as perdas queimam e secam as cicatrizes. Quero violetas com flores porque o trabalho de cura é só meu”. Os poemas foram agrupados por motivos poéticos: Jardins regulares, Motivos de chegadas, A casa dos sabores, Cotidianos, A linguagem das águas, As estações do amor. “As estações têm sempre a porta aberta para o segundo verão. Na turbulência dos girassóis exuberantes, você surge com o sorriso ávido de flores e ervas aromáticas e percebo que não estou apenas diante de um corpo absolutamente másculo à vontade em si mesmo. Mas um rosto com seu depoimento de fera e história, com a sua biografia de barcos que atravessaram outros mares em busca das cartas celestiais”, um exemplo da profundidade existente no feminino e do que esperar deste livro.

Para ler um trecho, clique aqui!

Sobre a autora – Solange Sólon Borges é mestra em Estudos Culturais (USP Leste), jornalista, autora de Jardins irregulares, poesia, do romance Todos os homens são girassóis (premiado pela Academia Paulistana da História), dos infantis A historinha do cachorro Cheirudo e A historinha do bichinho gordão, da ficção científica Mudei meu passado, e agora? (com Coca Valença).

Solange Sólon Borges. À espera dos girassóis: poesias de amor e espera. Gênero: poesia. Formato 14×21 cm, 80 p. 2ª edição, 2021. R$ 25,00. ISBN 978-85-86882-77-7.

Informação adicional

Peso 0.150 kg
Dimensões 14 × 0.5 × 21 cm

Avaliações

Não há avaliações ainda.

Apenas clientes logados que compraram este produto podem deixar uma avaliação.